O estágio foi um período em que se buscou vincular aspectos teóricos com aspectos práticos. Foi um momento em que a teoria e a prática se mesclaram para que fosse possível apresentar um bom resultado. E, sobretudo perceber a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas também reflexiva da nossa prática educativa diante da realidade e a partir dela, para que possamos buscar uma educação de qualidade, que é garantido em lei (LDB - Lei nº 9394/96).
Realmente não foi fácil esse estágio, encontrei diversas dificuldades, principalmente pelo fato de os alunos não ter nenhuma base do que era uma verdadeira aula de arte, juntamente com à estrutura física da escola, pois a sala era pequena, para os 35 alunos, a falta de um ambiente adequado para a realização das aulas de arte bem como a falta de matérias não contribuíram para a realização de muitas das atividades.
Busquei trabalhar de forma dinâmica, precisamos ter uma postura efetiva de um profissional que se preocupa verdadeiramente com o aprendizado, que deve exercer o papel de um mediador entre a sociedade e a particularidade do educando. Devemos despertar no educando a consciência de que ele não está pronto, aguçando nele o desejo de se complementar, capacitá-lo ao exercício de uma consciência crítica de si mesmo, do outro e do mundo. Mas como fazer isso é o grande desafio que o arte educador encontra.
Pode-se afirmar, que o portfólio apresenta-se como um excelente instrumento de avaliação a medida em que permitiu identificar questões relacionadas ao modo como os estudantes refletem sobre quais os reais objetivos de sua aprendizagem e como ele articulou seus conhecimentos, assim, da mesma forma o educador será capaz de avaliar e rever as estratégia utilizadas e quando necessario redirecionar seu ensino. Como podemos perceber o portfólio proporciona a ambas as partes, educandos e educador ampla reflexão sobre o processo vivido permitindo e motivando a reelaborações necessárias a um conhecimento mais real e paupável ao educando.
O papel da arte na educação escolar quando se propõe aprender/ensinar como enfrentar os problemas da civilização, da cultura, do cotidiano, sendo assim enquanto arte-educadores, cabe a nós instigar os educandos a perceber através do “olhar” as visões de mundo que podem ser reveladas através da arte, percebendo que, assim como cada artista eles tem também, visões de mundo, repertórios, memórias. Desta forma, e respeitando as individualidades seremos capazes de relacionar interesses, objetivos educacionais, mudando conceitos da arte e do ensino da arte nas escolas de hoje.
Como podemos perceber precisamos de um maior comprometimento coletivo para que o ensino da arte atinja os seus objetivos, tão essências, à medida que reconhecemos a capacidade do ensino da arte de possibilitar vivencias sensibilizadoras, capazes de tornar os educandos seres mais cientes de seus sentimentos e emoções, auxiliando-o na leitura do mundo, ajudando-o a compreendê-lo melhor e a sua história.
Mas sem dúvida alguma o meu aprendizado foi imenso, mesmo concluindo que com a turma do ensino fundamental, poderia ter sido mais ousada. Contudo eles tiveram muitos pontos positivos, e cresceram muito durante este período de estágio. Já com a turma do ensino médio concluo o estágio com um resultado muito maior que as expectativas. Enfim, tenho a sensação de que sou vitoriosa, por alcançar os objetivos traçados para este estágio, por transpor as dificuldades encontradas.
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